Prefeitura de Osasco

Durante uma reunião do Conselho Municipal de Saúde, Rina Bissolati, diretora do Departamento da Corregedoria da Saúde, referiu-se a médicos da rede municipal de Osasco como “cambada de vagabundos que não quer trabalhar”. A fala da diretora motivou uma nota de repúdio do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).

“A categoria médica é a linha de Frente do Sistema Único de Saúde (SUS), somos nós que lidamos com os pacientes de Osasco e o mínimo que a gestão deve fazer é nos tratar com respeito”, pondera Eder Gatti, presidente do Simesp.

A nota do sindicato ainda diz que, durante a reunião, os médicos estavam expondo as condições de trabalho precárias. “Os profissionais expuseram que enfrentam problemas em seus locais de trabalho como falta de medicamentos, de água (precisam levar de casa), tetos não impermeabilizados e com goteiras, ameaças de transferências arbitrárias, falta de estrutura, etc.”, diz a nota.

Em entrevista ao Diário da Região, na tarde de ontem (6), o secretário municipal da Saúde, José Carlos Vido, afirmou que não participou da reunião e que não questionaria opiniões pessoais, mas que a frase dita por Rina não representa a opinião da secretaria.

“Não compartilhamos dessa opinião. Temos muito respeito pelos médicos, que são a principal mão de obra da secretaria”, destacou. Vido disse ainda que a prefeitura está cobrando o cumprimento da jornada integral, em um processo que conta, inclusive, com o apoio do Conselho Regional de Medicina, mas que os “esquemas” de horário são feitos por uma pequena parcela dos profissionais da rede.

“Além disso, aqueles que não se ajustaram estão pedindo demissão, pois têm outros empregos nesse horário. Mas a grande maioria dos médicos da rede trabalha até além do horário”, completou Vido.

Assista abaixo o vídeo com a nota de repúdio do Simesp: