<p>O primeiro dia do julgamento de dois policiais militares (PM) e de um guarda civil municipal (GCM) acusados de matar 17 pessoas e ferir outras sete em 13 de agosto de 2015, em Osasco e Barueri começou na tarde desta segunda-feira, 18, foram ouvidas quatro testemunhas, entre elas um capitão da corregedoria da PM, uma vítima e dois delegados de polícia.</p>
<p>O júri foi marcado pelo questionamento das provas pela defesa, que argumenta fragilidades nos indícios que levaram dois pms e um guarda civil a julgamento. Para a promotoria, a defesa se comportou de forma desrespeitosa com as testemunhas que respondiam pelas investigações, o que, na avaliação do promotor Marcelo Oliveira, demonstra “desespero”.</p>
<p>“Eu vi um capitão da Corregedoria da PM ser tratado como réu. Vi um delegado ser tratado como bandido pela forma como as perguntas foram feitas e, o pior, eles vão ter que ficar incomunicáveis para fazer uma acareação amanhã, que, na minha avaliação, não tem sentido nenhum”, disse o promotor. Ele se refere aos depoimentos de Rodrigo Elias da Silva, chefe da equipe de investigação da Corregedoria Militar, e de José Mário de Lara, delegado de polícia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).</p>
<p>A pedido da defesa, os dois depoentes ficaram recolhidos para participar de uma acareação com uma testemunha protegida. De acordo com os advogados dos réus, o confronto de posições é necessário para esclarecer a versão de um sobrevivente que reconheceu o policial Fabrício Emmanuel Eleutério. Os defensores sustentam que não há certeza de que Elias, codinome da vítima que está sob proteção, tenha sido realmente atingido pelos disparos dos homens encapuzados.</p>
<p>Segundo a advogada de defesa de Eleutério, Flávia Artilheiro, Elias consta como tendo sido atendido no pronto-socorro naquela noite, mas o fato não foi registrado em boletim de ocorrência. Ela aponta que “duas testemunhas da fase inquisitorial relatam que naquele local, na Rua Suzano, foi alvejado um adolescente entre 14 e 17 anos”. Flávia explica que essas características não se aplicam a Elias. “A não ser o fato dela alegar ser vítima desse episódio, não há qualquer lastro documental que o vincule a este fato”, diz. Para a promotoria, o questionamento não cabe, pois as investigações mostraram que Elias foi atendido no hospital e a falta de registro policial decorre do grande número de atendimentos feitos no dia dos ataques.</p>
<p>Para Oliveira, a associação da vítima a um adolescente decorre das vestimentas dele no momento. “A ideia [da defesa] é tirar a credibilidade de qualquer pessoa que tenha participado das investigações”, disse o promotor. Foi por causa do atraso da testemunha que participará da acareação que a sessão teve início após três horas do horário previsto. Ela foi trazida por policiais. “Ela estava com medo. Penso eu, não queria ter vindo, tanto é que teve que ser conduzida para cá. Todo mundo tem receio. Uma matança dessa proporção faz com que quem a presenciou e saiba de alguma coisa pense: &#8216;Se eu falar algo, a mesma coisa pode acontecer comigo&#8217;”, disse Oliveira.</p>
<p>As oitivas terão continuidade nesta terça-feira (19) a partir das 10h. O plenário do Fórum Criminal de Osasco está reservado para 12 dias de julgamento. Por uma questão de segurança, a rua em frente ao tribunal foi interditada a pedido da juíza Élia Kinosita Bulman, que preside a sessão.</p>
<p>Com informações da Agência Brasil</p>

Mais um caso de feminicídio no Munhoz Jr, em Osasco ⠀ Na tarde do ultimo…
A equipe da Secretaria de Habitação da Prefeitura de Osasco recebeu na segunda-feira, 27/5, o…
O prefeito de Osasco, Gerson Pessoa e a esposa, Gabi Pessoa, primeira-dama e presidente do…
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Barueri prendeu, nesta terça-feira (27), um homem…
A Prefeitura de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, está com inscrições abertas para…
Começa hoje, segunda-feira (26), a devolução de valores descontados indevidamente nos benefícios de abril. 💰…