Osasco

Testemunhas são ouvidas no julgamento da chacina em Osasco

<p>O segundo dia de julgamento de dois policiais militares &lpar;PM&rpar; e de um guarda civil &lpar;GCM&rpar; acusados de matar 17 pessoas e ferir outras sete em 2015 seguiu nesta terça-feira&comma; 19&comma; no Fórum de Osasco&period; Este é o segundo dia do júri&comma; iniciado ontem&comma;18&comma; por volta das 14 horas&comma; com previsão de duração de oito dias&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Hoje aconteceram as oitivas de nove testemunhas&comma; totalizando 13 pessoas desde o início do julgamento&period; Das 46 testemunhas arroladas&comma; serão ouvidas 24&period; As demais foram dispensadas&period;<&sol;p>&NewLine;<p>A juíza Élia Kisonosita Bulman preside os trabalhos e pretende retomar o julgamento às 10 horas de amanhã&comma; 20&period; A expectativa é de conclusão da fase de inquirição das testemunhas&period; Após&comma; os três acusados serão interrogados&comma; oportunidade em que poderão contar suas versões sobre os fatos e responder aos questionamentos da acusação e da defesa&period;<&sol;p>&NewLine;<p>O terceiro PM também é acusado pelos mesmos crimes&comma; mas como recorreu da sentença de pronúncia seu julgamento não tem data definida&period;<&sol;p>&NewLine;<h2>Caso<&sol;h2>&NewLine;<p>Os réus são acusados de participação nos ataques ocorridos na região metropolitana de São Paulo&comma; que resultaram na morte de 17 pessoas e no ferimento a bala de mais sete em 13 de agosto de 2015&period; Os assassinatos aconteceram em um intervalo de aproximadamente duas horas&period; Eleutério e o policial Thiago Barbosa Henklain respondeu por todas as mortes&comma; enquanto o guarda civil Sérgio Manhanhã&comma; que teria atuado para desviar viaturas dos locais onde os crimes ocorreriam&comma; foi denunciado por 11 mortes&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Eleutério&comma; Henklain e Maranhã vão responder por organização criminosa e homicídio qualificado&period; Somadas&comma; as penas podem chegar a 300 anos de prisão&comma; disse o promotor do caso&period; De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público&comma; os assassinatos ocorreram para vingar as mortes do policial militar Admilson Pereira de Oliveira&comma; que foi baleado ao reagir a um assalto a um posto de gasolina onde fazia &OpenCurlyDoubleQuote;bico” como segurança&comma; e do guarda civil de Barueri Jeferson Luiz Rodrigues da Silva&comma; que foi morto também após reagir a um assalto&period;<&sol;p>&NewLine;<h2>Provas<&sol;h2>&NewLine;<p>Para a defesa de Fabrício Eleutério&comma; o reconhecimento dele por uma vítima não seria suficiente pois as circunstâncias em que Elias se apresenta como sobrevivente são questionáveis&period; &OpenCurlyDoubleQuote;Desde o começo&comma; sem o auxílio de nenhum advogado&comma; ele conta a mesma versão&period; Ninguém anda por aí criando álibi&period; Ele efetivamente contou o que ele fez naquele dia com detalhe&comma; se deram importância ou não para apurar&comma; é responsabilidade da acusação&comma; porque a responsabilidade de prova é deles”&comma; dissse Nilton Nunes&comma; um dos advogados da defesa do policial&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Eleutério é descrito como um homem dissimulado pela promotoria&period; Durante o julgamento&comma; após a entrada dos jurados&comma; o réu chorou por diversas vezes&comma; segurando uma Bíblia&period; &OpenCurlyDoubleQuote;É o que mais está acostumado com aquele banco&comma; infelizmente&period; Cada um que tire a sua conclusão”&comma; disse Oliveira aos jornalistas após o término da sessão&period; Fabrício responde por participação em chacinas similares à de 2015&period; Para os advogados&comma; o policial estava emocionado&period; &OpenCurlyDoubleQuote;Ele está muito esperançoso&comma; apesar da alma angustiada&comma; de que a Justiça vai se realizar”&comma; disse Flávia Artilheiro&period;<&sol;p>&NewLine;<p>A troca de mensagens entre Manhanhã e Victor Cristilder &lpar;policial também acusado pelos crimes&comma; mas que recorreu e será julgado em separado&rpar; é a principal prova de ligação do guarda civil com o crime&period; A defesa questiona a validade da forma como os conteúdos&comma; que tinham sido apagados&comma; foram recuperados&period; As mensagens foram trocadas antes do início dos fatos&comma; com uma mão fazendo sinal de positivo&comma; e&comma; ao final&comma; com o mesmo símbolo e com outro representando um braço forte&period; &OpenCurlyDoubleQuote;O telefone teria que ser periciado pelo Instituto de Criminalística e não um relatório &lbrack;da Unidade de Inteligência Policial&rsqb;”&comma; diz Abelardo Rocha&comma; advogado do guarda&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Em relação a Heinklain&comma; há relato de testemunha de que o policial discutiu com a esposa&comma; que o teria reconhecido em imagens de câmeras de segurança divulgadas por emissoras de televisão sobre o caso&period; A discussão foi ouvida por uma pessoa&comma; que relatou o ocorrido para outra pessoa próxima&comma; que&comma; por sua vez&comma; testemunhou à Polícia Civil&period; Essa testemunha é chamada de &OpenCurlyDoubleQuote;Gama” nos autos&period; No entanto&comma; a testemunha teve medo de reafirmar o depoimento perante a juíza&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Para o advogado Fernando Capano&comma; responsável pela defesa de Heinklain&comma; a investigação falhou ao não procurar diretamente a pessoa que ouviu o relato que incriminaria o policial&period; &OpenCurlyDoubleQuote;O delegado responsável diz que&comma; na verdade&comma; ele sabe&comma; tem ciência&comma; sabe quem é que teria ouvido a discussão presencialmente&comma; mas que simplesmente achou que não deveria ouvi-lo”&comma; criticou&period; O delegado Andreas Schiffmann&comma; que ficou responsável por parte das investigações e também foi ouvido&comma; disse que o medo da testemunha foi determinante para que esse caminho não fosse perseguido&period;<&sol;p>&NewLine;

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Publicado por
Rodolfo Andrade

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