<p>Durante uma reunião do Conselho Municipal de Saúde, Rina Bissolati, diretora do Departamento da Corregedoria da Saúde, referiu-se a médicos da rede municipal de Osasco como &#8220;cambada de vagabundos que não quer trabalhar”. A fala da diretora motivou uma nota de repúdio do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).</p>
<p>“A categoria médica é a linha de Frente do Sistema Único de Saúde (SUS), somos nós que lidamos com os pacientes de Osasco e o mínimo que a gestão deve fazer é nos tratar com respeito”, pondera Eder Gatti, presidente do Simesp.</p>
<p>A nota do sindicato ainda diz que, durante a reunião, os médicos estavam expondo as condições de trabalho precárias. &#8220;Os profissionais expuseram que enfrentam problemas em seus locais de trabalho como falta de medicamentos, de água (precisam levar de casa), tetos não impermeabilizados e com goteiras, ameaças de transferências arbitrárias, falta de estrutura, etc.&#8221;, diz a nota.</p>
<p>Em entrevista ao <a href="http://webdiario.com.br/noticia/13063/diretora-da-saude-chama-medicos-de-vagabundos">Diário da Região</a>, na tarde de ontem (6), o secretário municipal da Saúde, José Carlos Vido, afirmou que não participou da reunião e que não questionaria opiniões pessoais, mas que a frase dita por Rina não representa a opinião da secretaria.</p>
<p>“Não compartilhamos dessa opinião. Temos muito respeito pelos médicos, que são a principal mão de obra da secretaria”, destacou. Vido disse ainda que a prefeitura está cobrando o cumprimento da jornada integral, em um processo que conta, inclusive, com o apoio do Conselho Regional de Medicina, mas que os “esquemas” de horário são feitos por uma pequena parcela dos profissionais da rede.</p>
<p>“Além disso, aqueles que não se ajustaram estão pedindo demissão, pois têm outros empregos nesse horário. Mas a grande maioria dos médicos da rede trabalha até além do horário”, completou Vido.</p>
<p>Assista abaixo o vídeo com a nota de repúdio do Simesp:</p>
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