Prefeitura de Osasco

O Grupo denominado Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, que é composto por 262 membros ligados às áreas de agronegócio, meio ambiente, academia e setor financeiro, define como grande responsável pela criminalidade que domina o mercado madeireiro do Brasil, o próprio governo. Isso porque, segundo o movimento, o país é frágil na fiscalização sobre esse comércio ilegal.

De acordo com o Estadão, que teve acesso a uma carta elaborada pelo grupo e que será encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro e ao vice Hamilton Mourão e ministros de áreas correlatas, o movimento quer ações efetivas do governo.

O documento, os representantes do movimento lembram que estudos recentes mostram que mais de 90% do desmatamento no Brasil é ílegal, e a exploração florestal também apresenta índices parecidos. De acordo com a carta o maior obstáculo para a mudança é a insegurança jurídica causada pela falta de fiscalização, comando e controle do governo.

90% do desmatamento no Brasil é ilegal, aponta Coalizão Brasil Clima

“O Brasil só vencerá o comércio ilegal de madeira se todos assumirem sua responsabilidade. É preciso destacar o papel crucial do poder publico, já que empresas e investidores não têm – e nem deveriam ter – poder de polícia para lidar com invasões, roubo de madeira e outras ilicitudes que contaminam a cadeia de produção, atingindo os mercados nacional e internacional, e ainda reforçam outras atividades ilegais”, diz o documento.

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é formada por diversos grandes representantes da área ambiental como a WWF Brasil, WRI Brasil, TNC, Ipam e Imazon. Além disso, empresas como Klabin, Amaggi, JBS, Basf, Danone, Marfrig, Natura e Unilever também fazem parte do movimento.