Prefeitura de Osasco

Há exatamente uma semana, Rogério Lins e 21 vereadores tomavam posse, em cerimônia realizada na Câmara de Osasco. Até a data, tudo era uma incógnita. Rogério seria empossado? Como reagiria a população diante do fato de o prefeito, eleito com a maior votação da história da cidade, ter acabado de sair da prisão, pagando uma fiança de R$ 300 mil e sendo investigado, ao lado de outros 13 vereadores, por suposto crime de formação de organização criminosa e desvio de R$ 21 milhões dos cofres públicos?

As redes sociais, como sempre, potencializaram o ocorrido e comentários raivosos ganharam a cena, nas principais páginas da cidade. Após uma semana da posse, os comentários diminuíram, mas não sumiram. Rogério Lins falou sobre o caso, disse que é o maior interessado na conclusão das investigações e que irá provar sua inocência. Na mesma fala, pediu um voto de confiança à população e foi mostrar trabalho. Procurou fazer o que as pessoas que acreditaram nele queriam que ele fizesse. Assim sendo, passou a mostrar trabalho.

No seu primeiro dia de governo, foi às ruas, trocou a chefia da maternidade Amador Aguiar. Lá, descobriu o estado em que a saúde de Osasco está, sem materiais, equipamentos e médicos. A saúde vai precisar de um ótimo trabalho do gestor. Sabendo disso, visitou também o Hospital Central, constando problemas com o repasse de recursos à Fundação ABC. Finalizou a semana na rua, como gosta, visitando casas, em busca de focos do mosquito Aedes Aegypt.

A segurança é outro problema crônico em nossa cidade e Lins também já mostrou a primeira ação de seu governo, o programa Amanhecer Seguro, com rondas da GCM, nas primeiras horas do dia, nos pontos de ônibus da cidade.

Mas, nem tudo são flores. Uma semana após a posse, o prefeito ainda não definiu todos os nomes de seu secretariado. E essa escolha pode complicar Lins, já que são acordos que ele deve cumprir e grupos que não concordam 100% com suas escolhas. Os primeiros funcionários da antiga administração começam a ser comunicados da sua exoneração. Pessoas próximas a Lins também se queixam da “blindagem” que o prefeito recebeu, mas entendem que este começo de governo, como se deu, é conturbado. Além disso, Lins também tem de lidar com a insatisfação da população quanto às passagens de ônibus, mesmo tendo sido aprovado por Lapas. Manifestantes pedem para que Rogério revogue o decreto que autoriza o aumento.

Mostrar trabalho e trabalhar em prol da população é o que mais se espera de Lins, um político jovem, com uma mentalidade nova, mas que não pode cometer velhos erros e insistir em velhos hábitos.

No meio de tudo isso, uma boa notícia é que Lins fala em reduzir o número de secretarias e cortar cerca de 30% dos gastos da prefeitura.

Para esta semana, aguardamos o desfecho de algumas situações, como o pagamento do cachê dos artistas, que participaram do Canto de Julho em 2016 e não receberam do governo Jorge Lapas. Vamos ver como Lins irá lidar com essas amargas heranças deixadas por seu antecessor.

Paulo Macedo é Publicitário, especialista em SEO, Redes Sociais e Comunicação Digital. Diretor do Osasco Notícias. Nas redes sociais: @iPauloMacedo