Nesta sexta-feira (20) a Fifa decidiu banir o presidente da Federação Haitiana de Futebol (FHF), Yves Jean-Bart, para sempre de qualquer atividade ligada ao futebol. Jean-Bart foi considerado culpado em um caso de abuso sexual sistemático de jogadoras adolescentes que treinavam no centro de treinamento da federação em Porto Príncipe.
Para o Comitê de Ética da Fifa, Jean-Bart, que tem 73 anos, foi culpado por abuso de sua posição para abusar e assediar sexualmente várias jogadores, inclusive menores de idade. O acusado, que nega as acusações, foi multado também em 1 milhão de francos suíços, o equivalente em R$ 5,87 milhões na cotação atual.
O escândalo veio a tona em abril, e em maio deste ano, a Fifa já havia suspendido o dirigente por 90 dias, seis meses depois, o Comitê de Ética deu parecer definitivo sobre o caso.
Diversas vítimas do dirigente alegaram ter sido pressionadas a permanecer caladas, mas que pelo menos duas das abusadas foram forçadas a realizar abortos para acobertar os estupros. Foram interrogados diversos funcionários da federação que confirmaram as acusações.
Há duas décadas Yves Jean-Bart comanda a federação de futebol do Haiti e em fevereiro venceu uma nova disputa pela reeleição e, consequentemente, seu sexto mandato. Jean-Bart disputou as eleições sem adversário.
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