Família Acolhedora completa quatro anos com histórias de “reencontros”

<p>A Secretaria de Assistência Social &lpar;SAS&rpar; da Prefeitura de Osasco realizou sexta-feira&comma; 24&sol;11&comma; no Varandão do Parque Chico Mendes&comma; no City Bussocaba&comma; confraternização com famílias inscritas no Família Acolhedora Canguru para comemorar os quatro anos de criação do programa&period; Nele&comma; crianças e adolescentes que por alguma razão tiveram que ser separados dos pais biológicos&comma; são acolhidos na casa de famílias voluntárias pelo tempo que for necessário&comma; até que a Vara da Infância e Juventude decida o desfecho do acolhimento&period;<&sol;p>&NewLine;<p>As famílias têm apenas a guarda provisória das crianças e&comma; em caso de viagem com as mesmas&comma; precisam solicitar autorização judicial&period; Os acolhedores recebem mensalmente uma ajuda de custo de cerca de R&dollar; 1&period;300 para cuidar das crianças 24 horas por dia&comma; inclusive finais de semana e feriados&period; No momento 35 famílias estão cadastradas no programa e 20 jovens são acolhidos&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente &lpar;ECA&rpar;&comma; a medida protetiva de acolhimento não deve ultrapassar um ano e meio&period; O acolhimento de bebês e crianças costuma durar poucos meses&comma; enquanto o de adolescentes pode se estender até completarem a maioridade&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Além das famílias&comma; participaram da confraternização o secretário de Assistência Social&comma; José Carlos Vido&comma; Daniele Bueno&comma; diretora de política social especial&comma; Márcia Favorin&comma; supervisora técnica do programa&comma; e o psicólogo Patrick Vieira Ronick&period;<&sol;p>&NewLine;<p>&OpenCurlyDoubleQuote;O acolhimento é gratificante para os dois lados &lpar;famílias e jovens acolhidos&rpar;&comma; principalmente para as crianças&period; É uma alternativa ao acolhimento institucional&period; É mais enriquecedor&comma; porque por mais que seja temporário as consequências do acolhimento duram para sempre de forma positiva nas vidas das famílias e os dos acolhidos”&comma; avalia Ronick&period;<&sol;p>&NewLine;<p>O casal Ananias Celestino&comma; 35 anos&comma; operador de empilhadeira&comma; e Beatriz Christina&comma; 26&comma; dona de casa&comma; está no programa desde 2021 e pela segunda vez acolhe duas crianças&period; &OpenCurlyDoubleQuote;Em 2021 cuidamos de um casal de gêmeas com um mês de vida&period; Agora estamos com outros dois irmãos&comma; um casal&comma; sendo um de um ano e o outro de 2&comma;5 anos&period; Ainda não temos filhos biológicos e cuidar dessas crianças trouxe aprendizados e nos aproximou mais um do outro&period; A menina é autista e isso nos mostrou uma nova realidade&comma; a de que temos que olhar as pessoas com mais humanidade”&comma; disse Ananias&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Camilla Ferreira de Freitas&comma; 39&comma; que acolhe um menino de 1&comma;5 ano&comma; avalia que a experiência também reaproximou seus filhos Arthur&comma; 19&comma; e Lívia&comma; 15&comma; dela e do marido&comma; Sidnei Silva&comma; 48&period; &OpenCurlyDoubleQuote;Antes da chegada dele&comma; eles &lpar;nossos filhos&rpar; quase já nem davam mais atenção para a gente&comma; só queriam estar com os amigos para um lado e para o outro&period; Agora nos ajudam a cuidar&comma; querem ir junto quando vamos passear com ele&period; Estão mais presentes em nossas vidas e sinto que eles têm essa coisa da superproteção com a criança&period; Parece até que eles são os pais e eu e meu marido os avós”&comma; brinca Camilla&period;<&sol;p>&NewLine;<p><b>Programa <&sol;b><&sol;p>&NewLine;<p>As famílias acolhedoras são avaliadas de forma criteriosa para que se defina se reúnem as condições necessárias para que sejam aceitas no programa&period; Todo o processo de seleção e qualificação dura cerca de dois meses&comma; tempo em que as famílias passam por entrevistas e verificações do histórico familiar&comma; inclusive antecedentes criminais&period;<&sol;p>&NewLine;<p>A pessoa interessada em participar não precisa ser casada&period; No entanto&comma; é necessário que tenha uma rede de apoio familiar&comma; como pais ou irmãos&period; O interessado não pode estar inscrito em programas de adoção&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Durante todo o acolhimento&comma; assistentes sociais fazem o acompanhamento periódico da rotina da criança&sol;adolescente&period; Também são realizados encontros mensais entre as famílias acolhedoras&comma; para compartilharem como está sendo essa experiência&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Uma psicóloga e uma assistente social fazem visitas regulares às casas das famílias acolhedoras&period; As crianças também são ouvidas rotineiramente &lpar;sem a presença da família&rpar; para que se saiba como estão sendo tratadas no lar temporário&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Os pais biológicos só podem visitar os filhos na sede do serviço de acolhimento mediante agendamento prévio&comma; desde que não haja restrição judicial&comma; resguardado o sigilo sobre a residência das famílias acolhedoras&period;<&sol;p>&NewLine;