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<p>Após a hecatombe da denúncia contra Michel Temer, apoiada em áudios, vídeos e operações da PF, torna-se urgente a reflexão sobre o futuro imediato do Brasil. Que o governo Temer acabou, não resta a menor dúvida. Sua renúncia seria o único gesto esperado pela sociedade, mas o primeiro pronunciamento após o escândalo não foi nesse sentido. Ao insistir no equívoco, o mandatário corre o risco de sair do Palácio em um camburão ou em um rabecão.</p>
<p>Instalado no poder por meio de um golpe mequetrefe, cuja fragilidade salta aos olhos numa leitura nem muito atenta do relatório do senador tucano e malabarista Antonio Anastasia &#8211; íntegra na internet -, Michel Temer entra para a história como uma figura completamente derretida pelos fatos e relegada ao espaço ocupado pelas personagens de mais triste memória da República.</p>
<p>Findo o período marcado pela sanha entreguista e pela redução de direitos sociais a que se dedicou com afinco no último ano, Temer verá &#8211; talvez por detrás das grades &#8211; o país se envolver num dos mais urgentes e necessários debates dos últimos tempos: a sucessão presidencial.</p>
<p>Em que pese a previsão constitucional de que, na vacância do cargo de Presidente da República a esta altura do mandato devem ser convocadas eleições indiretas, nada poderia ser mais legítimo e moralmente aceitável do que a antecipação das eleições de 2018, de maneira que o povo brasileiro decida livremente sobre os destinos de sua própria história. Ademais, uma eleição indireta teria como votantes os mesmos parlamentares que compõem a atual legislatura, com todas as relações espúrias que boa parte de seus membros mantêm nos meios político, midiático e empresarial.</p>
<p>Pela regra em vigor, a linha sucessória indica que na ausência do/a titular da presidência, assume o/a vice. Após, vêm os/as titulares da Presidência da Câmara, do Senado e do STF, nesta ordem. Ocorre que as duas Casas Legislativas têm em seus comandos parlamentares indiciados pela Lava Jato. Sobra a quinta &#8211; sim, a quinta(!) &#8211; opção. No caso, Cármen Lúcia, presidente do STF. Teríamos uma República Judiciária, com todos os problemas que podem nascer daí. Não se trata de uma instância talhada para o exercício do poder político, e mais, dentre todos os eventuais sucessores, é o único Poder que não goza da legitimidade do voto popular. Justifica-se aí o temor de Rui Barbosa ao afirmar que &#8220;A pior ditadura é a do Poder Judiciário. Contra ela não há a quem recorrer&#8221;.</p>
<p>Considerando-se que o país pode não suportar um governo eleito indiretamente ou conduzido pelo Poder Judiciário, tendo em vista a gravíssima conjuntura que nos cerca e todos os seus impactos nas esferas social e econômica, nenhuma saída pode ser mais acertada do que a antecipação do pleito de 2018 e a realização de eleições no curto prazo, devolvendo-se à soberania do povo e do voto livre a responsabilidade pela retomada do ambiente democrático ainda tão jovem e frágil no Brasil. Há mecanismos legais para isso.</p>
<p>Diante disso, é fundamental que a sociedade brasileira se reúna em torno da luta por Diretas Já!, reeditando as jornadas de 1984, quando a ditadura agonizava e o povo buscava, nas ruas, concretizar seu direito ao exercício pleno da democracia ao votar para Presidente da República. Naquela época, a emenda Dante de Oliveira foi derrotada pelo Congresso Nacional e o sonho foi adiado para 1989. Hoje, os caminhos podem ser outros, a depender da postura que a sociedade resolva adotar. É preciso observar o que aconteceu em 1984, pois a História sempre ensina. Sempre. Basta atentar para seus ensinamentos.</p>
<p><img class="aligncenter size-large wp-image-5441" src="https://www.osasconoticias.com.br/wp-content/uploads/2017/05/IMG_8539-916x1024.jpg" alt="" width="800" height="894" /></p>
<p><em>Luciano Lub, 42, historiador. Foi Secretário da Cultura e Coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura de Osasco.</em></p>

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